Lei garante escola para filhos de artistas de circo

Você já imaginou viajar para diversas cidades e ser transferido da escola várias vezes no mesmo ano? Essa é a rotina do malabarista, mágico e trapezista do Circo Robatiny Spetacular Luiz Henrique Pereira de Lima, 16 anos, que acompanha o circo desde que nasceu. Ele é a terceira geração da família a trabalhar em um espetáculo voltado para crianças.

O circense Luiz Henrique durante apresentação do Circo Robatiny Spetacular. Foto: Xavana Horta.

Luiz Henrique durante apresentação do Circo Robatiny Spetacular
Foto: Xavana Horta

Por ser filho de um profissional que exerce atividades itinerantes, sua vida escolar é diferente dos outros jovens. Frequentar uma escola diariamente, por exemplo, não é possível pela agenda de shows em diferentes cidades brasileiras. Ingressar em instituições de ensino era garantido pela antiga lei de n°6.533/78, mas algumas escolas públicas dificultavam a entrada de alunos nômades, exigindo um certificado da instituição anterior.

Para reverter à situação o deputado federal Tiririca (PR-SP), que trabalhou anteriormente como palhaço de circo no Ceará, propôs uma alteração na nova lei de nº 3543/12 para obrigar as escolas públicas e particulares a garantir vagas para crianças e adolescentes, de 4 a 17 anos, que sejam filhos de artistas de circo. O projeto foi aprovado pela comissão de Educação e Cultura em novembro de 2012.

Circenses do Circo Robatiny Spetacular durante apresentação. Foto: Xavana Horta.

Circo Robatiny Spetacular durante apresentação
Foto: Xavana Horta

Segundo o estudante Luiz Henrique Pereira de Lima, que pretende se formar no ensino médio nos próximos anos, sua motivação para continuar no circo é ver o público feliz. “As pessoas trabalham durante a semana inteira, e muitas vezes vão ao circo pelos filhos. Vê-los dar um sorriso é melhor que ganhar dinheiro com as apresentações”, garante.

karinelarissaxanava

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